Peixe - Considerada a carne mais saudável
Com a crescente preocupação em uma alimentação saudável, com
menor taxa de gorduras saturadas, o peixe se torna a melhor opção. A carne do
peixe fresco é ótima, devido, principalmente, à facilidade de digestão e valor nutritivo.
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O mar e a pesca |
Habitat e alimentação dos peixes
Com mais de 30 mil espécies conhecidas atualmente,
predominando no mar, os peixes foram os primeiros vertebrados que surgiram no
curso da evolução da vida no nosso planeta.
A maioria deles vive no oceano, nas áreas menos profundas,
nas zonas próximas da costa. A alimentação dos peixes é bastante variada,
existem espécies que se nutrem de algas, plânctons ou outros vegetais marinhos
e outros consomem moluscos, crustáceos ou outros peixes.
Características anatômicas
O peixe tem o corpo coberto de escamas ou de couro e são
dotados de nadadeiras de diferentes formatos e localização por meio dos quais
se deslocam na água. A cauda impulsiona o peixe. O corpo é formado por
glândulas que secretam muco, tornando os peixes escorregadios, o que facilita
sua locomoção.
Quais vantagens de comer peixe?
O peixe é um alimento muito nutritivo, e é recomendado o seu
consumo pelo menos duas vezes na semana, intercalando com outros tipos de
carnes.
Apesar da grande extensão do litoral brasileiro, o consumo
de peixes no Brasil é pequena.
Para que a alimentação fique mais nutritiva, é incentivado o
consumo de peixe, visando a diminuição da ingestão de ácidos graxos saturados e
o aumento do consumo de ácidos graxos ômega 3, com proteínas de alto valor biológico,
melhor digestibilidade, vitaminas e sais minerais.
Em geral, os peixes possuem menos gordura que a maioria das
carnes bovinas e suínas. A porcentagem de gordura da maioria dos peixes
encontra-se entre 0,2 a 23,7%. A quantidade de gordura varia de acordo com a
espécie e outros fatores.
São classificados
·
Baixo teor de gordura, menor que 2%
·
Médio teor de gordura, 2 a 5%
·
Alto teor de gordura, acima de 5%
Peixes de carne
clara:
Bacalhau, badejo, corvina, carpa, dourado, garoupa,
linguado, pescada e outros apresentam menor quantidade de gorduras com relação
aos peixes de carne mais escura.
Peixes de carne escura:
Atum, anchova, arenque, bagre, cavala, sardinha, salmão e
tainha são exemplos de peixes que contém maior quantidade de gordura.
Os peixes apresentam boas concentrações de vitaminas
lipossolúveis, tais como a vitamina A, E e, principalmente, D. Também são ricos
em vitaminas hidrossolúveis tais como a niacina, que está presente nas reações
químicas de liberação de energia em nosso corpo, e ácido pantotênico, sendo
essencial no metabolismo de proteínas, carboidratos e gorduras. Além disso
contém vários minerais importantes como sódio, potássio, magnésio, cálcio,
ferro, fósforo, iodo, flúor, selênio, manganês e cobalto.
Outra vantagem de consumir peixes é a facilidade do seu
preparo. Os frescos cozinham em pouquíssimo tempo e podem ser usados em
diversas preparações, como ao molho, empanado, assado, ensopado, cozido,
grelhado, frito e mesmo cru (desde que proveniente de um fornecedor que possua
boas condições higiênico sanitárias e que tenham sido pescados em alto mar). Deve-se
evitar o consumo de peixe in natura que seja proveniente de rios, lagos, lagoas
e baías com águas poluídas. Podem ser adquiridos em conserva ou enlatados,
resfriados, congelados, salgados (bacalhau) e defumados (arenque, truta,
salmão)
Incluir peixes na alimentação é uma ótima opção para obter
os benefícios que os seus nutrientes essenciais fornecem.
É importante que se esclareça que, mesmo nas poucas espécies
de peixes mais gordurosas, suas taxas são muito menores que a encontrada nas
carnes vermelhas ou frango, fazendo que a digestão do peixe seja mais rápida.
Algumas espécies, principalmente os criados em água fria,
são ricos em ômega 3, um tipo de gordura que traz muitos benefícios à nossa
saúde, reconhecido por reduzir o risco de doenças cardíacas, aterosclerose e
com ação antiinflamatória.
O peixe é um excelente alimento para o desenvolvimento escolar de crianças e adolescentes e não pode
faltar na alimentação dos idosos, pois estudos demonstram sua ação sobre a redução do risco de Alzheimer, demência e
cansaço mental.
Mais um pouco sobre o ômega 3:
Esse tipo de gordura é muito eficaz no tratamento de
hipertensão arterial, atua na coagulação do sangue, alivia dores causadas pela
artrite reumatóide e protege a pele contra os raios UV.
No processo de
industrialização dos pescados são retiradas essas gorduras para aumentar seu
prazo de validade, pois deterioram em pouco tempo. O ômega 3 é, então,
comercializado a parte, por sua ação antiinflamatória e demais benefícios.
Nutrição Brasil-maio/junho; 2004/ composição quimica dos alimentos Guilherme Franco e Escola Paulista
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