Alimentação nos casos
de azia ou gastrite
Sempre que tivermos uma situação anormal constante no nosso
organismo, como azia ou gastrite, devemos procurar ajuda profissional do médico
para o tratamento e de um nutricionista para acompanhar a dieta durante as
fases da enfermidade e possibilitar a identificação das causas.
Em parte dos casos, o organismo produz muita acidez no
estômago, ou seja, muita produção do ácido hipoclorídrico, denominado como hipercloridria.
Outras pessoas não estão produzindo o ácido hipocloridríco ou
estão com pouca produção. Nesses casos é a hipocloridria e está relacionada aos
maus hábitos alimentares, situações de stress, emocional ou uso prolongado de
certos medicamentos.
Os sintomas são similares, entre hipercloridria e
hipocloridria, mas a hipocloridria merece uma maior atenção, por ser mais
comum.
A hipocloridria causa desconforto gástrico , dor após alimentação,
digestão lenta, flatulência, sensação de peso no estômago e muitas vezes
notamos nas fezes pedaços de alimentos que não foram digeridos totalmente. Hipocloridria
é bastante comum entre os idosos, causando
dificuldade na digestão dos alimentos, principalmente carnes, leite e ovos.
Como consequência, ocorre uma diminuição
na absorção de importantes nutrientes, tais como vitamina B12, Ferro, vitamina
C, Cálcio e Zinco.
Mesmo durante o tratamento devemos comer com variedade e qualidade,
em alguns casos se faz necessário a suplementação de vitaminas e sais minerais.
Importante
Nos casos de indisposição, deve-se evitar café preto, chás
pretos ou que contenham cafeína, frituras, leite de vaca e seus derivados, soja
e derivados, gorduras trans ou saturadas, bolachas ou biscoitos
industrializados, margarinas, gorduras de carnes aparentes, peles de frango ou
peixe, bacon, salsichas ou embutidos em geral, condimentos industrializados,
pimentas e algumas especiarias, refrigerantes ou bebidas carbonadas (com gás) e
bebidas alcoólicas.
Evitar temperaturas extremas dos alimentos (ou seja evitar o
quente e o gelado):
- Todos os alimentos e líquidos devem ser ingeridos em temperatura amena, tanto quentes como frios.Não devem ser ingeridos muito quentes ou gelados.
Preferir
v
Consumir fibras: aveia, semente de linhaça,
sementes chia, gergelim, etc.;
v
Frutas: frutas maduras, cozidas ou assadas;
v
Legumes em geral cozidos, na sopa ou assados;
v
Vegetais verdes cozidos (por exemplo espinafre,
agrião, couve nova sem talos, mostarda,..);
v
Carnes (de gado, frango, peixe);
v
Ovos, cozidos ou pochê;
v
Massa ou arroz branco ou integral cozido com
temperos naturais da horta;
v
Pão integral tostado, pão torrado ou torrada,
v
Legumes cozidos ou em formas de purês sem
gorduras,
v
Feijão, lentilha sem embutidos ou gorduras,
observar tolerância;
v
Temperos da horta; salsinha, alecrim,
manjericão, cheiro verde, hortelã, sálvia são algumas das boas opções,
v
Se tolerar bem pode consumir leite desnatado,
ricota light ou queijo cottage.
Cuidados:
Comer pouco e com maior frequência, ou seja mais vezes e
menor quantidade;
Mastigar bem os alimentos;
Evitar líquidos durante as
refeições, apenas 30 minutos antes e 1h30 após às refeição;
Nas crises agudas
preferir os alimentos cozidos, ao invés de crus.
Obs.: A adequação da alimentação ou dieta depende muito de
cada organismo, pois a tolerância alimentar é individual e é muito importante
observar os sintomas mediante o consumo de certos alimentos.
Fontes: Krause; Dietas Clinica Mayo; Fundamentos de Nutrição e Dietoterapia
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